Prezado leitor, estimada leitora,
Nesta semana, o Giro da Arquivo publica um direito de resposta solicitado pela direção-geral do Arquivo Nacional.
A solicitação foi realizada na última sexta, 21, através de processo SEI assinado pela própria diretora do órgão. Ela se refere a parte do conteúdo publicado em 30 de abril de 2024, na edição 275 do Giro. Todos os documentos encaminhados ao coordenador do Giro da Arquivo – incluindo a nota de direito de resposta – podem ser consultados a seguir.
Esta não é a primeira vez que publicamos um direito de resposta. Já o fizemos inúmeras vezes, sempre com a máxima celeridade.
Contudo, é a primeira vez que uma solicitação do tipo nos chega via processo SEI e acompanhada de ameaça velada de “ação judicial cabível”. Uma medida a nosso ver exagerada: bastava um e-mail simples, dirigido ao girodaarquivo@ufsm.br. Foi assim que sempre o fizeram todas as autoridades, instituições e entidades que desejaram ter seu ponto de vista publicado em nossas edições.
Infelizmente, a solicitação que hoje tornamos pública veio por outro caminho e preferiu o recurso da intimidação, aquele que todos nós já conhecemos bem – quatro anos de bolsonarismo, afinal, nos deram alguma experiência no assunto. Embora não haja surpresa, é amargo constatar o pouco que mudamos nestes últimos anos.
Como o leitor observará, para darmos máximo destaque ao direito de resposta solicitado pelo AN, hoje não veicularemos nossa edição convencional, com notícias de Arquivologia do Brasil e do mundo. Notícias há – e muitas! Elas voltarão na próxima semana.
Por fim, um recado ao pé do ouvido. Você, prezado leitor, estimada leitora, sabe que o Giro da Arquivo tem acompanhado de perto os inúmeros problemas e desafios que cercam os arquivos, os arquivistas e a Arquivologia brasileira. Em geral, nosso conteúdo é baseado em documentos públicos – a maior parte deles disponível para o acesso de qualquer cidadão. Esta é uma premissa que mantemos sempre na ordem do dia, porque acreditamos na transparência pública e no acesso à informação.
Por conta disso, quando alguém diz que nossas publicações não são verdadeiras, sempre esperamos que o façam com base nas mesmas premissas. Que mostrem documentos, que apontem prazos, que publicizem tudo o que sabem a respeito, que não incorram em platitudes, enfim, que provem nossos erros. Acreditamos que você, nosso leitor e leitora, gostaria de ver tudo isso à mostra quando dizem que nos equivocamos, omitimos ou mentimos.
Saudações arquivísticas,